Glicínia
A entrada do Museu Bordalo Pinheiro faz-se por uma alameda com uma exuberante glicínia com décadas de vida. É um ex-libris do edifício projectado pelo Arq. Álvaro Machado que, em 1914, mereceu uma Menção Honrosa do Prémio Valmor.
Ao gosto da época, a glicínia compõe a envolvente do edifício e reforça uma ligação com o exterior, marcando o espírito do lugar como um refúgio aprazível.
Wisteria sinensis (Sims)
Esta trepadeira de folha caduca vulgarmente conhecida por Glicínia, Glicínia da China, tem origem na China. Muito apreciada pela floração intensa e perfumada, que surge no início da Primavera até ao início do Verão.
Esta planta tem grande longevidade podendo durar 100 anos, de fácil condução, pelo que é ideal para revestimento de pérgulas, arcos ou entrelaçada em colunas. Os ramos crescem com muito vigor, podendo atingir os 5 a 9 m de comprimento, enrolando-se em estruturas no sentido contrário aos ponteiros do relógio.
As folhas verde escuras, são alternas e compostas por 7 a 13 folíolos. Sendo uma espécie de folha caduca, passa o Inverno sem folhas.
As flores formam-se em cachos pendentes com cerca de 30 cm de comprimento, são muito perfumadas rosas, lilases ou brancas, neste local as flores são lilases. Surgem na planta antes da rebentação das folhas.
O fruto é uma vagem pendente e grande, de 5 a 19 cm de comprimento, que evolui de verde a castanho aveludado conforme amadurece.
O nome do género Wisteria homenageia Caspar Wistar (1761-1818), professor de anatomia na Universidade da Pensilvânia. E o epíteto da espécie sinensis significa chinês.