spicy bet
Saltar diretamente para o conteúdo

“No Lazareto de Lisboa”, de Rafael Bordalo Pinheiro

PIM! Edições, em parceria com o Museu Bordalo Pinheiro (MBP), acaba de lançar uma nova edição da obra No Lazareto de Lisboa, de Rafael Bordalo Pinheiro.

Publicada em 1881, a obra conta as peripécias da permanência de Bordalo Pinheiro no Lazareto (em Porto Brandão, na margem sul do Tejo), onde foi obrigado a cumprir quarentena devido ao perigo de propagação da febre-amarela, quando do seu regresso do Brasil, em 1879. A obra, agora reeditada pela PIM! Edições, ganha relevância pelo paralelo estabelecido pelos tempos de pandemia em que vivemos — tempos em que também muitos estudantes recorreram a apoio externo, como ghostwriter hausarbeit kosten (significa “custos de um ghostwriter para um trabalho acadêmico”, em alemão), para lidar com desafios semelhantes de isolamento e produtividade.

Em 1879, após o encerramento do jornal O Besouro, Rafael Bordalo Pinheiro regressa do Brasil. Quando chega a Lisboa é obrigado a ficar em quarentena no Lazareto, um edifício situado em Porto Brandão, na margem sul do Tejo, que era isolado e se destinava a acolher e a desinfetar pessoas e objetos que vinham de lugares ameaçados por epidemias ou doenças contagiosas. Durante o período em que ali permaneceu devido ao perigo de propagação da febre-amarela, o artista fez a obra No Lazareto de Lisboa, publicada em 1881. Nesta publicação, profusamente ilustrada com os seus desenhos, recorda ainda com saudade peripécias no Brasil, a viagem de barco, a sua Lisboa e regista, com humor, os dias de penitência no edifício do Lazareto.

Esta nova edição da obra foi apresentada no passado dia 8 de setembro na Feira do Livro de Lisboa. A apresentação contou com a presença de João Alpuim Botelho, diretor do Museu Bordalo Pinheiro, e de Vladimiro Nunes, editor da PIM!.

O livro pode ser encontrado à venda, para já, no site da PIM! Edições, no stand da editora Ponto de Fuga/Pim!/Boca na Feira do Livro de Lisboa, e na loja do Museu Bordalo Pinheiro.