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DESENROLAR O PASSADO

O panorama do Congo em realidade virtual

1 de Junho a 2 de Julho de 2023

Entre os dias 1 de junho e 2 de julho, o Museu Bordalo Pinheiro acolhe a exposição Desenrolar o Passado – O Panorama do Congo em Realidade Virtual, organizada pela equipa do projeto de investigação CONGO-VR. Decolonising the Panorama of Congo: A Virtual Heritage Artistic Research, que tem como instituição de acolhimento a Universidade Lusófona.

A exposição Desenrolar o Passado – O Panorama do Congo em Realidade Virtual apresenta uma investigação em curso acerca de um dispositivo imersivo – uma rande pintura circular da era colonial, sobre o Congo belga de 1913 por Paul Mathieu (1872-1932) e Alfred Bastien (1873-1955) – destacando algumas das etapas neste projeto: o levantamento fotográfico do Panorama e respetiva pós-produção; a investigação histórica e artística sobre a produção da imagem e do seu dispositivo; e uma reencenação em Realidade Virtual do Panorama do Congo que, em breve, servirá de palco a intervenções de artistas congoleses e da diáspora congolesa.

Em 1911, o Ministério das Colónias da Bélgica encomendou aos pintores Paul Mathieu (1872-1932) e Alfred Bastien (1873-1955) uma grande pintura circular sobre o Congo belga para instalar no Pavilhão Colonial na Exposição Internacional de Gand, em 1913, na Bélgica. Volvidos apenas cinco anos após a transição do violento e atroz Estado Livre do Congo (1877-1908), propriedade privada de Leopoldo II, para o Estado belga, o Panorama do Congo serviu de propaganda para estimular o ‘gosto colonial da juventude’. A enorme pintura com 115 metros de comprimento por 14 metros de altura representa um éden africano e também alguns dos principais investimentos belgas em obras públicas. O tamanho da imagem é proporcional ao escândalo originado pelas várias denúncias da violência sobre os congoleses, e que o Estado belga assim quis apagar.

Por toda a sua controvérsia, o Panorama do Congo ficou esquecido nas reservas de
museus durante quase um século. Profundamente conotado com a propaganda
colonial, pode agora ser considerado património sensível.

O projeto de investigação CONGO-VR (FilmEU RIT) tem como objetivo conservar a sua imagem através da fotografia e trazer o Panorama para os debates da descolonização e do pensamento decolonial. A atual exposição apresenta uma investigação em curso, destacando algumas das etapas neste projeto: o levantamento fotográfico do Panorama e respetiva pós-produção; a investigação histórica e artística sobre a produção da imagem e do seu dispositivo; e uma reencenação em Realidade Virtual do Panorama do Congo que, em breve, servirá de palco a intervenções de artistas da diáspora congolesa.

Congo VR é o acrónimo do projecto de investigação Decolonising the Panorama of Congo: A Virtual Heritage Artistic Research (FILMEU_RIT – Research | Innovation | Transformation project, European Union GRANT_NUMBER: H2020-IBA-SwafS-Support-2-2020).

Datas
1 de junho a 2 de julho de 2023

Local
Museu Bordalo Pinheiro

Organização
Projecto de investigação Decolonising the Panorama of Congo: A Virtual Heritage Artistic Research

Equipa
Coordenação: Victor Flores e Leen Engelen
Curadoria: Ana David Mendes
Investigação Documental e Arquivo: Leen Engelen, Linda King, Teresa Flores, Victor Flores
Investigação Artística: Ana David Mendes (coordenação), Wim Forceville, Rita Carvalho, Veronika Romhány e Jon Stam
Digitalização/Fotografia: Rodrigo Peixoto (coordenação), António Coelho, Tomas Vandercasteele, Lennert Deprettere, Oleksandr Lyashchenko, Jose Fadolla
Realidade Virtual/criação e programação: Filipe Luz e Wim
Forceville (coordenação), Philippe Lopes, Ana David Mendes (curadoria), Veronika Romhány, Diana Levay, João Dias, Joana Fernandes
Entrevistas: Castélie Yalombo, Deogracias Kihalu, Eleonore Hellio, Lucas Katangila, Joseph Tonda, Serge Baloji
Disseminação: Carolina Martins