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Exposição Temporária

T4 para obras

Com Ana Vala, André Ruivo, Flávio Rodrigues e Rita Pequeno

6 de Julho a 7 de Agosto de 2022

O Museu Bordalo Pinheiro inaugura no próximo dia 6 de julho, pelas 18h00, a exposição T4 para obras, que integra os trabalhos realizados por Ana Vala, André Ruivo, Flávio Rodrigues e Rita Pequeno durante a segunda edição do programa de Residências Artísticas do Museu Bordalo Pinheiro.

A exposição está dividida em quatro núcleos – ((o)) (Ana Vala), VOTA! (André Ruivo), Laivos (Flávio Rodrigues) e Cuidado com a casca de banana (Rita Pequeno) -, correspondendo cada um deles ao projeto desenvolvido por cada um dos artistas.

No mesmo dia, e no âmbito desta abertura, Flávio Rodrigues apresenta, a partir das 18h30, a ação performativa Laivos, da qual resultará a disposição final da sua mostra. Realiza-se ainda o lançamento do livro VOTA! (Xerefé Edições/Museu Bordalo Pinheiro, 2022), de André Ruivo, que inclui um conjunto de desenhos realizados pelo autor durante a residência.

Este evento conta com o apoio da ANEBE e da Lemos Figueiredo, que nos servirá um beberete nesta inauguração.

((o))
Ana Vala

A instalação ((o)) teve como ponto de partida o Jardim Bordallo Pinheiro (Campo Grande, 245), em Lisboa, e como ponto de interesse a sua fonte de água, repleta de elementos aquáticos materializados em cerâmica. A fonte movimenta a água de forma circular – sobe mecanicamente e cai com a força da gravidade e assim se repete.
A água é sempre a mesma, o que muda é a forma como esta cai sobre si própria e assim transforma o reflexo dos elementos aquáticos. ((o)) é uma instalação audiovisual que segue a mecânica da fonte – o movimento circular e constante da água, mas com efeitos irregulares e inesperados no seu percurso. ((o)) é uma desconstrução da fonte do Jardim Bordallo Pinheiro e uma adaptação desta ao interior do Museu Bordalo Pinheiro.


Ana Vala (Peniche, 1992) estudou Design de Produto na ESAD CR. (Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, PT) e foi bolseira da Fundação Altice Portugal no curso de Cinema/Imagem em Movimento no AR.CO (Centro de Artes e Comunicação Visual, Lisboa, PT). No seu processo de trabalho artístico funde metodologias de diferentes disciplinas: Antropologia, Design, Cinema. Os seus interesses circulam por referências materiais e imateriais da Cultura Pop e pela desconstrução da montagem cinematográfica. Em 2021, com a curta metragem Noctur (2020), foi vencedora da open call “Keep it Brian” promovida pela Balaclava Noir, venceu o 3º lugar de Curta Metragem Experimental dos Prémios Sophia Estudante promovidos pela Academia Portuguesa de Cinema e foi nomeada para o Prémio Melhor Direção de Fotografia Estudante promovido pela AIP – Associação de Imagem Portuguesa. Em 2022 foi estagiária de realização no filme Cidade Rabat de Susana Nobre, produzido pela Terratreme Filmes.

Ana Vala no Museu Bordalo Pinheiro. Julho de 2022
Fotografia: José Frade/EGEAC

VOTA!
André Ruivo

Em VOTA, André Ruivo expõe uma seleção de desenhos realizados durante a residência no Museu Bordalo Pinheiro e apresenta publicamente o livro homónimo resultante desta residência. Os desenhos de André Ruivo foram realizados diariamente, acompanhando as notícias online, e publicados primeiramente nas páginas do VOTA nas redes sociais (Facebook e Instagram). O livro é uma edição conjunta da editora Xerefé com o Museu e nele encontramos diálogos com Bordalo, conversas com vizinhos e cartoons de carácter politico. Na exposição encontramos originais e prints a cores, bem como alguns exemplares do jornal O Palhinhas, onde o autor tem vindo a publicar desenhos. O livro VOTA está à venda na loja do Museu.

André Ruivo (Lisboa, 1977) vive e trabalha em Lisboa, Portugal. Fez a Licenciatura em Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, e o Mestrado em Cinema de Animação no Royal College of Art em Londres, Inglaterra. Trabalhou como Ilustrador para a imprensa nos jornais Público, O Independente e Combate, revistas Visão, Ler e Op, e editoras &etc e Associação Chili com Carne. Realizou os filmes “A Fantasista ” (2003) e “O Campo à Beira Mar” (2015). Publicou livros através da The Inspector Cheese Adventures em colaboração com editoras independentes como “Bug” (2001), “Retratos” (2017) “Abraços” (2018) “Vírus” (2021) e “HOT” (2022).

André Ruivo no Museu Bordalo Pinheiro. Julho de 2022.
Fotografia: José Frade/EGEAC

Laivos | ante improvisos e ressonâncias
Flávio Rodrigues

Dispositivo e ação performativa que consiste numa breve coleção de materiais encontrados de forma intuitiva, quer em processos de caminhada ou de pesquisa/experimentações.
Figuras circulares e serpenteantes (aqui como referência às cobras presentes em pontuais cerâmicas produzidas em meados de 1890 por Bordalo Pinheiro) emergem como motivo elementar para uma composição que se deixa construir através de motivações dentro de territórios poéticos e abstratos.

Flávio Rodrigues (Vila Nova de Gaia, 1984) estudou e é artista associado do Balleteatro (Porto). Os seus projetos têm sido apresentados e expostos em diferentes lugares e em parceira com diferentes estruturas tais como Teatro Municipal Rivoli (Porto), Arte Total (Braga), 4BidGallery (Amsterdam), Rua Gaivotas 6 (Lisboa), Faculdad de Bellas Artes U.C.M. (Madrid), Lake Studios (Berlim), Festival Mandala (Wrocław) ou Correios em Movimento/Dança em Trânsito (Rio de Janeiro). A par do desenvolvimento das suas próprias criações e pesquisas, tem vindo a colaborar como figurinista, músico, cenógrafo, performer (entre 2006 e 2017) ou assistente de ensaios com diferentes artistas e companhias.

Flávio Rodrigues no Museu Bordalo Pinheiro. Julho de 2022.
Fotografia: José Frade/EGEAC

CUIDADO COM A CASCA DE BANANA
Rita Pequeno

Atenção: Perigo na sala Cuidado com a Casca de Banana de Rita Pequeno! É-nos apresentado um mundo de humor, uma sala com vários elementos em cerâmica e pintura, com formas orgânicas, geométricas e simples, onde o elemento cor é fortemente utilizado. O ponto de partida do trabalho desenvolvido em residência foi a casca de banana escorregadia, um DOS MAIORES FLAGELOS ENFRENTADO PELOS COMUNS MORTAIS NO DIA A DIA. A partir daí, Rita começou a fazer peças que se relacionassem com o espaço da sala do museu, usando elementos preexistentes, como extintores e paredes, e habitando-o com as suas obras. É uma sala onde é difícil desviar o olhar e que coloca o observador no mundo artístico de Rita: o imagético, repleto de alegorias irônicas. Atenção ao intervalo entre a porta e a Exposição!

Rita Pequeno (Lisboa, 1997) estudou na Escola Artística António Arroio (Lisboa), licenciou-se em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, e estudou na Ecole Nationale Supérieure d’Arts de Paris-Cergy (Paris). Durante o seu percurso participou em diversas exposições coletivas, destacando “Elogio da Matéria”, SNBA Lisboa (2019); “Coletivo Casa Rosário”, Cascais (2021); “Something Has Got To Give”, DuplexAir, Lisboa (2021).

Rita Pequeno no Museu Bordalo Pinheiro. Julho de 2022.
Fotografia: José Frade/EGEAC

Inauguração
6 de julho (quarta-feira), entre as 18h00 e as 20h15

Datas
De 6 de julho a 7 de agosto de 2022

Horário
3ª feira a domingo, das 10h00 às 18h00 

Informações
bilheteira@museubordalopinheiro.pt // T. 215 818 544/0