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Exposição Temporária

FRAM

Exposição dos artistas residentes no Museu Bordalo Pinheiro

10 de Novembro a 9 de Dezembro de 2021

O Museu Bordalo Pinheiro inaugura no próximo dia 10 de novembro, pelas 18h00, a exposição FRAM, que integra os trabalhos realizados por Ana Fonseca, Francisco Trêpa, Mariana Barros e Rita Leitão durante a primeira edição do programa Residências Artísticas Bordalo Pinheiro.

FRAM é o acrónimo que junta as iniciais dos nomes dos quatro artistas que entre 13 de setembro e 13 de outubro de 2021 transformaram as salas do Museu nos seus estúdios de trabalho.

A exposição está dividida em quatro núcleos – O Rosto da Justiça, Le Salon des Aubergines, Soluços da Terra e Duas Colheres e Meia – correspondendo cada um deles ao projeto desenvolvido por cada um dos artistas.

O ROSTO DA JUSTIÇA | Ana Fonseca

É na crítica social e no humor que me revejo em Bordalo, e a justiça ou injustiças por ele enfatizadas estão de uma forma ou de outra presentes na sociedade atual. As obras presentes nesta exposição são fruto das performances colaborativas realizadas durante a residência, de onde resultaram os “rostos” da Justiça Atual e da Justiça Ideal. Cada elemento do rosto tornou-se simbólico, o que deu origem a imagens que, apesar de se assemelharem a pessoas reais, são fictícias, são narrativas simbólicas em si mesmas. O processo de reflexão e criação a partir deste material é um campo aberto. Para esta exposição, crio, em conjunto com a comunidade, visões coletivas da justiça, explorando o significado das imagens digitais através de retratos coletivos. Ana Fonseca

Ana Fonseca (São Paulo, 1978) vive e trabalha em Lisboa. A artista plástica licenciou-se na Middlesex University, em Londres (2003), e estudou ainda no Chelsea College of Arts Foundation in Art and Design, também em Londres (1999-00). Expõe desde 2006, tendo já passado pela Bienal de Cerveira, Palácio Nacional da Ajuda ou Museu Nacional Soares dos Reis.

Ana Fonseca no Museu Bordalo Pinheiro. Outubro de 2021
Fotografia: José Frade/EGEAC

LE SALON DES AUBERGINES | Francisco Trêpa

Le salon des aubergines abraça e expõe uma recente obsessão púrpura. Este projeto, desenvolvido no universo engraçado e prolífico de Bordalo, foi dedicado ao prazer e ao riso, ao que pode existir de sério ou de cómico num vegetal. Mas não é só de beringelas que se faz este salão, por isso, o resto revela-se por aí. Francisco Trêpa

Francisco Trêpa (Lisboa, 1995) formou-se, inicialmente, no Curso de Cerâmica da Escola Artística António Arroio (2010/2013). Licenciou-se em Escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2014/2017). Encontra-se a terminar o Mestrado em Arte Multimédia na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2019/2021). Desde 2015, participa em exposições, em Portugal e no estrangeiro, com regularidade.

Francisco Trêpa no Museu Bordalo Pinheiro. Outubro de 2021.
Fotografia: José Frade/EGEAC

SOLUÇOS DA TERRA | Mariana Barros

Em busca de outras soluções pictóricas com ênfase na materialidade da imagem, acumulo, sobreponho, re-significo, abro-me a variáveis que permitem a experimentação e a exploração de assuntos que penetrem no papel. Opero com o que encontro e incorporo o que está ao alcance das minhas mãos. Conecto-me aos motivos artísticos de Bordalo Pinheiro, como o humor, a defesa dos ideais e a humanidade a fim de estampar os Soluços da Terra, através do campo expandido da poética inovadora da colagem. Soluços da Terra constrói um diálogo singular ao pensar nas respostas do organismo às contrações súbitas do diafragma da nossa orbe. Mariana Barros

Mariana Barros (Goiania, 1989) é uma artista multidisciplinar brasileira que vive em Lisboa. Produz profissionalmente desde 2007, cruzando áreas como o teatro, a dança, a arte sonora, as artes visuais e a educação artística. Já realizou mais de 50 performances desenvolvidas em galerias, festivais e bienais na América Latina e na Europa, além de espetáculos musicais, teatrais, exposições e outros.

Mariana Barros no Museu Bordalo Pinheiro. Outubro de 2021.
Fotografia: José Frade/EGEAC

DUAS COLHERES E MEIA | Rita Leitão

Encontro em Bordalo a presença de um espírito crítico e popular muito próprios. Aproprio-me dele, e, por entre o absurdo proporciona-se o confronto com meias sem par, uma invulgar coleção de chapéus e armários com gavetas abertas que nos contam os seus segredos. Aceita-se o caos iminente, alteram-se as unidades de medida. Se não encontrar as meias certas, lá terei que ir com um par diferente.
Rita Leitão

Rita Leitão (Lisboa, 1998) é licenciada em Pintura pela FBAUL, tendo estudado ainda na Faculdad de Bellas Artes UPV/EHU, em Bilbau. Durante o seu percurso participou em diversas exposições coletivas, destacando “Elogio da Matéria”, SNBA Lisboa (2019); “Jantar de Família”, Museu da Cerâmica, Sacavém (2020) e “Coletivo Casa Rosário”, Cascais (2021). Entre Agosto de 2020 e julho de 2021 foi artista residente na Fábrica Moderna (Lisboa) e em 2021 inaugurou a sua primeira exposição individual, “Bem-Vindo a Casa”, no CAT, em Tavira.

Rita Leitão no Museu Bordalo Pinheiro. Outubro de 2021.
Fotografia: José Frade/EGEAC

Inauguração
10 de novembro (quarta-feira), entre as 18h00 e as 20h00

Datas
10 de novembro a 9 de dezembro de 2021

Horário
3ª feira a domingo, das 10h00 às 18h00 

Informações
bilheteira@museubordalopinheiro.pt // T. 215 818 544/0

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